
desconstrução do que separa a vida do que ela pode.
Força reativa = força de conservação. Força ativa = Força de criação.
Como nos tornamos criadores. Na medida em que criamos uma obra de arte, criamos a nós mesmos.
Não existe natureza humana, isso é uma ilusão, um modo reativo de viver.
Os Homens precisam de imagens e símbolos, pois são incapazes de acontecer.
Natureza para Nietzsche é feita de forças.
Não há verdade, a verdade é a direção de uma força.
Não é o juízo que julga, a força é quem interpreta na relação. Vida só acontece em relação.
Algo é aquilo que pode. Nietzsche parte de uma ausência de juízo. Isso coloca a arte refém da moral.
O sistema de juízo afasta o homem do que ele pode. Viva e deixe viver. A arte, deste ponto de vista, vai virar instrumento de controle de conservação. Policial das sensações.
Não adianta matar o poder, matar Deus, matar o juízo para depois exerce-lo. Por exemplo, os movimentos de esquerda que dizem: Vamos dividir o poder! Nietzsche descarta o juízo, ataca o uso da linguagem e sistema de representação.
A divida infinita. A culpa é do outro no ressentimento e minha na má consciência. Nós vamos ligar essa maneira de viver ao cristianismo, não o cristianismo criado por Jesus, mas aquele criado na idade media por São Paulo. O homem se realiza no pensamento e na sensibilidade. Do ponto de vista de Nietzsche tudo é sintoma de forças em relação. O corpo é uma composição de forças. Tudo é corpo.
Ser capaz de acontecer é o mesmo que ser ativo. Vivo, sou parte, logo existo.
O sentido da improvisação – o rigor da improvisação – ação – Fluxo – digestão – consciência.
O Homem reativo sofre da vida, padece da vida. Se sente injustiçado.Aquele que fica na marca, ressentindo, sentindo novamente infinitamente, exemplo: Sofre por aquilo que outro lhe fez, culpa o outro ou a si mesmo... Vive neste universo da culpa e não esquece jamais. A vida fresca vira sempre vida velha.
O que nos move a criar? A fazer arte?
Todo moralista identifica o mau fora.
Bom senso e senso comum são os pilares da má consciência.
O Sacerdote do ressentimento – aquele que cria, formula o julgamento. O anterior, o certo e o errado, o mau e bem. O ser ativo cria e não pede licença. No virtual não tem autoridade. sacerdote inventou a vergonha. Nietzsche diz: O homem é o animal que tem as faces vermelhas.
O teatro e seu duplo – Artaud - Leitura.
O primeiro aspecto da má consciência é a criação da dor, a expansão da dor. A tendência a achar que o mau esta sendo criado em mim. O pecado infinito.
O adolescente é a transição da passagem da criança para o adulto, por isso ele cria dor para si mesmo, pois precisa sair da irresponsabilidade criativa da infância, para a responsabilidade que nos é cobrada pela sociedade. Nilton Santos dizia que rebeldia era importante para que o jovem transgrida as leis e questione sua realidade.
Contra a democracia! A sociedade precisa encontrar o horizonte comum das relações e não as leis.
Precisamos transmutar a força reativa para que ela seja função da força ativa.
São Paulo cria a dor e a culpa no individuo. Foi por isso que a igreja condenou a comedia, pois o único remédio para dor é o juízo final.
Nietzsche.
São Paulo nos cria uma divida tão imensa e infinita que somente o perdão de Deus pode pagar. Por isso Cristo morreu por nós. Para nos livrar do pecado.
O poder usa o juízo e desqualifica.
Não há no fundo da natureza, uma culpa, uma falta, um erro. Ao cego não falta nada, você é aquilo que pode.