Não estou muito bem. Mas e daí, não tem pra quem chorar. Faz dois dias que estou achando tudo muito chato. Parado. Devo ser chorão. Foda-se. Acordo com vontade de dormir e durmo quase para não acordar. Vivo com vontade do contrario e morro quase sempre na mesma hora. Voltar pra casa tem sido um não voltar pra ninguém. Pra nada. Olho para os lados e não vejo nem voce e só eu ali. Só. Saudade. Solidão.
Não sou do tipo poetinha. Nem gosto desse tipo de chato. Tá. Tem coisa ai. Vejo até luzes. No fim do túnel. Luzes. No fim de tudo. Agora o que vejo é nada. Muito ego. Muitos burros. Muita gente sem cú. Muito cuzão sem cú. E eu. Eu ali como quem não quer nada, com meu cú na mão.
Não sou do tipo poetinha. Nem gosto desse tipo de chato. Tá. Tem coisa ai. Vejo até luzes. No fim do túnel. Luzes. No fim de tudo. Agora o que vejo é nada. Muito ego. Muitos burros. Muita gente sem cú. Muito cuzão sem cú. E eu. Eu ali como quem não quer nada, com meu cú na mão.
Pelos caminhos que ando, um dia vai ser, só não sei quando. (Leminski)