2012-01-15

Sem tempo pra perder

Ir ao teatro é sempre bom? Nem sempre, as vezes, pode ser pior que dor de barriga. Ontem foi um dia desses em que nós preferiríamos ter ido enxugar gelo. Eu não sou do tipo chato, que faz pose de crítico ou coisa parecida. Normalmente, sou bem receptivo e gosto de sentar na platéia para relaxar e quem venham os atores. Desculpem amigos, mas não vou citar nomes de peças e de pessoas. Como bem disse, não sou crítico. Portanto vou apenas desabafar e falar mal dessa gente que acha que para ser ator basta fazer pose de artista ou insistir ou fazer força ou qualquer coisa parecida com fé...

(CrrsrsArsrsLrsrsMrsrsA)

Legal, saímos de casa para ir ver um espetáculo infantil. Puxa, eu adoro. Estamos vivendo uma fase de bons espetáculo infantis no Rio de Janeiro. Fomos, eu e minha gata. Oba, um amigo em cena! Puxa, só ele presta! Foi assim, desse jeitinho que o dia começou a ficar ruim. Saca - atores que quando fazem teatro infantil parecem querer dizer o tempo todo para si mesmos que estão fazendo teatro infantil, mas são atores. Estar se divertindo ou sendo tocado pela matéria é a característica dos grandes atores. Uma coisa que me irrita são os atores profissionais. Estes que utilizam tudo que aprenderam na escola e são mais duros que postes e mais burros também. Tá certo, vamos dar um desconto, afinal, meu amigo estava brilhante, como sempre. Eu só fico amigo de bons atores. Bons atores, em geral, são gente da melhor qualidade. Tem umas exceções, mas só pra confirmar a regra. Legal, vamos tomar um café que tudo passa. Depois do café que tudo passa, vamos ver um adulto, um espetáculo adulto. Texto escrito por um colega querido e com um outro colega querido em cena. Os colegas queridos são aqueles que poderiam ser seus "amigos" mais não são. Oba, entramos no teatro cheio de boa vontade. O cenário grandioso. Uma moto e um carro em cena. Porra, os caras gastaram tubos de dinheiro só pra fazer o cenário. Legal, vejamos se é funcional. Primeira cena começa mal. Vamos lá, aguente firme, são colegas queridos. Segunda cena piora tudo. Na terceira fudeu. Tudo sem pé nem cabeça e eu comendo a cabeça do pé. Tenho a certeza de que ver uma novela da Record não seria tão ruim como isto que me tira do sério. Diretor ruim; atores estragados pelo diretor; cenário sem sentido e a morte começou a me procurar na platéia. Ou seria eu quem estava pedindo para morrer? O autor, um colega querido, merece um destaque: é um querido. Escreve mal, mas é meu amigo. Saí do teatro me sentindo enganado. Roubado. Não tenho tempo para perder com esse tipo de coisa.