2011-02-24

Truquetruque batendo em uma porta

E me balanço. Fico turvo. Desequilibrado. Com  choro preso na garganta. Um soco na ponta dos braços. Engasgo. É saudade. Fraqueza. Falta de amor próprio. Tenho raiva. Quero e não posso. Desejo e não faço. Tenho nessa cabeça um milhão de demonios. Sou do caralho. Um covarde. Sigo sempre!

Infernal astral ou o que voce quiser.

Hoje acordei com vontade de ficar na cama, de cama. Fiquei pensando nas milhares e não milhares de amores e paixões que já tenho vivido. Uma preguiça de tudo e de todos, um despreso, um desespero, uma vontade de não olhar pra tras, de pisar firme e esmagar todos os pescoços que cruzarem o meu caminho (e mesmo a mim mesmo). Desejo de pegar uma arma, uma faca, uma tesoura e me ferir, mas já não posso, não tenho forças. Estou ferido há muito e com o sangue escorrendo por dentro. Minhas mãos e minhas roupas estão tintas e de sangue de um parente teu. Uma "poça" de sangue ambulante, pronta para derramar. Derrama-me à mim. Hoje acordei com o mais legitimo ódio. Dos homens e de todos os homens. Não por serem eles o que são, mas por eu ser o que sou ou o que estou prestes a me tornar. Transmutação. Tão igual e tão estupido quanto qualquer idiota, de qualquer lugar ou de lugar nenhum. Vou - ser - um -  imoral!
Tenho segurado meu diabo por tempo demais, já chega! já chega! já disse! está aqui escrito, está dito e dentro do peito, está feito! À partir de agora me chamem de outro e assim por todos os dias até o fim da minha vida. Eu sou o que está pra nascer, o que ainda não veio. Já basta. Cansei.