2011-03-17

Além da minha punhetação diária.

Passei metade da vida tendo que ser corajoso de qualquer maneira se não morreria antes mesmo de conhecer a vida. Agora to um pouco cansado de tudo. Cansado dos velhos amigos, cansado de ter que ser sempre engraçadinho, cansado de querer ser inteligente, cansado de tentar ser diferente da minha familia, cansado de amar demais, casado de ser ex marido da minha ex mulher e cansado de ter que provar que sou homem e de ter que ser responsável o tempo todo. Queria só deitar e dormir por uma semana direto. Só sonhar e recarregar as baterias. Digo isso pois só eu sei das coisas que tive que passar pra chegar até aqui. Tá pensando que é mole ser filho da minha mãe e do meu pai, ser imão dos meu irmãos e ter sido criado em Campo Grande? Não é!

Pior é isso

To se saco cheio dessas bichinhas afetadas, inteligentes, mimadas, afetadas, cheias de si e afetadas. São criativas estas bichas. São até artistas e artistas modernos. O que me irrita e me faz querer mata-las e a porra da vaidade. Da afetação. Um saco ter que aturar essas bichinhas afetadas.

2011-03-15

Faltam coisas

Eu tenho tido progresso no meu trabalho, minha vida profissonal vai muito bem. Eu sou do tipo que gosta de reclamar, mas agora não é só isso. Tenho tido falta de ter pra quem voltar. De afeto com cuidado. De alguém que torça por mim. Claro que agora estou com enjoo com o que está acontecendo no Japão. São seres humanos passando por experiência bizarras das quais não estou acostumado. Mesmo assim sofro com meus pequeninos problemas e até me culpo por isso. Solo vou prosseguindo. E por enquanto é só.

2011-03-14

Macaco Pelado invadindo sua praia.

Ai, ai! O carnaval!


Fomos eu e meu mais novo amigo de infância, Diego Molina, para terras desconhecidas. Sim amigos, o Espírito Santo existe e resiste! Chegamos a Santa Cruz, distrito de Aracruz, um lugarzinho pequenino à beira do mar enorme. Fomos recebidos por nosso grande amigo Peter Boos, um desses caras que nos surpreendem o tempo todo. Arguto. Eram umas oito da manha e eu tinha passado a noite em claro. Tenho um tipo de problema grave e não consigo dormir em ónibus de viagem, só durmo bem nos cata-cornos que vagam lotados pela cidade. Do Rio de Janeiro até Santa Cruz são dez horas. Eu, particularmente, adoro viajar de ónibus, parece de fato que estou indo para outro lugar, de avião é tudo muito rápido e sem graça. O Diego dormiu a viagem inteira. O cara é do tipo "bom de cama". Nós sabíamos que seria uma semana bem divertida, pois somos ótimos e tínhamos planos de jogar vídeo game e isso nos bastaria. O Peter comprou pão na padaria e logo estávamos chegando à casa do velho Marinheiro, Miguel, um desses tipos que só nascem um em cada mil anos. Uma frase não saia da minha cabeça: "Você não pode ensinar nada a um velho marinheiro". A casa é de madeira, com uma decoração bem rústica, quase ripe, de fato ripe. A mãe do Peter estava lá, extraordinariamente jovem e bonita, como deveriam ser todas as mães. Esqueci-me de dizer que o velho marinheiro é o pai do Peter. Tomamos café e eu estabeleci logo uma relação amistosa de piadas e risos, coisa que o Diego faz melhor do que eu. Nós então rimos a manhã inteira e o resto do dia. O fato é que estávamos os dois ali no meio daquela família interessante e interessada. E ai pra ser feliz não basta mais nada, somente uísque, vodca e um baseadinho. Fomos felizes e muito felizes! Já no primeiro dia, fomos passear no barco do velho lobo do mar. Miguel faz passeios de barco subindo o braço de mar até seu bar flutuante, Manguebar. Depois de alguns minutos navegando braço adentro aportamos no boteco flutuante. Um braço de mar é como um rio de água salgada. O mar avança muitos quilômetros. É um paraíso. No Manguebar resolvemos ficar e pegar a volta do ultimo passeio. O pai do Peter vive a vida levando os turistas para flutuar de lá pra cá. Ficamos ali, ancorados, tomando umas cervejinhas e contando piada junto com a tripulação. Uma tarde como essa faz a gente esquecer quem é ou de onde veio. Os dias seguintes foram todos tão maravilhosos que prefiro não contar pra não causar nenhum tipo de inveja. Eu e Miguel nos tornamos grandes amigos e viramos uma noite inteira trocando ideias, chorando de emoção e bebendo uísque. Contei que havia feito um curso de culinária a tempos atrás e ele me lançou o desafio de fazer um jantar para todos. Na Quarta-Feira de cinzas, comprei os ingredientes e fiz uma prato que aprendi com minha ex-sogra, ao menos ela me ensinou alguma coisa. Coq Au Vin, ou Cocovan como se pronuncia, é um prato francês, um tipo de cozido de galinha marinada com vinho seco. Vinho seco e bom! O Peter convidou alguns amigos e foi uma noite agradável. Na quinta feira antes de vir embora ainda fui fazer uma massagem relaxante com um massoterapeuta. Esse sem duvida foi um dos melhores carnavais que já passei na vida. Eu e Diego já estamos fazendo planos de voltar na semana santa. Que venha logo esse dia. Agradeço ao Miguel, a Márcia, ao Peter e ao Diego por serem tão bacanas. A vida é tão boa, às vezes, que dá vontade de não morrer nunca.

2011-03-02

Desabafo rapido. Só registro.

E fico aqui com uma certa culpa, uma certa coisa, um certo desejo, que não convém dizer, pois a ninguém interessa. Fui está semana acusado por um grande amigo de infancia, de traidor, de fraco e de covarde. Tenho a impressão de que ele está certo e só posso lamentar por ele e por nós. Ter acreditado em mim durante todos estes anos foi um erro que eu também cometi. Não sou, de maneira alguma, confiável. Ama-me se for capaz, mas não conte comigo para uma briga. Sou do tipo que passa longe de confusões. É meu extinto de sobrevivência falando mais alto. Não suporto nem um tipo de discussão. Me decomponho fácil. Sou muito fraco e vaidoso para isso. De verdade: VAI TOMAR NO CU. Não me cobre nada que eu não queira lhe dar e se não gostar de mim dessa maneira, vá para os quintos do inferno. To cansado de gente sem cu.
Tive muitas decepções na minha vida, mas a maior de todos foi com uma mãe de santo que se fez de amiga para roubar à seus próprios filhos. Fique com tudo que conseguir carregar rumo ao fogo. Tenho uma única certeza, nós provavelmente vamos nos encontrar no inferno. Agora não me peça para perdoar e tão pouco para que eu lhe vire a outra face. Para os outros eu só posso dizer que lamento muito e não me encham o saco. Peguem suas vidinhas de merda e vão viver longe de mim. Protejam-se.