2009-10-07

Aos bons encontros inesperados.

Adoro encontrar gente amiga, esse tipo de acaso na cidade é sempre carregado de mistérios e surpresas, quase sempre felizes. Essa baderna me excita, principalmente nos momentos que acho que meu coração está batendo á-toa. Sabe aquelas noites que voce está fazendo tudo para encontrar algum tipo de sentido pra vida, então voce caminha na cidade e, por acaso, encontra gente que tá disposta a viver e ser feliz e ai, por acaso, a vida volta a fazer sentido e voce se sente parte de algum tipo de plano? Nesse caso nada é por acaso.
Um bar, gente amiga e cerveja, do que mais precisa um homem? De fámilia? Não, claro que não.

Eu 'to solteiro faz pouco tempo, sofri e agora já passou. Não sou do tipo que sente pena de si mesmo e nem fico remoendo, ressentindo. O que passou tá lá, guardado na experiência e não no trauma, sem marcas. Tive raiva e certamente vou ter ainda muitas vezes nesta minha vida, tenho sangue e adoro sentir raíva. Existem momentos que a raiva é sadia e faz crescer. Não é algo que se procure, mas quando acontece deixo queimar até a ultima chama.
 
Hoje vi uma pessoa, amiga dos amigos, sofrendo verdadeiramente de amor, passando por todas as fases num espaço de tempo curto; sentiu-se um lixo, brigou, chorou, bebeu, riu e sentiu raíva. Sei bem o que é isso. Com ódio fez uma das coisa que resolveu minha vida. Foi um momento sublime de elevação quântica, partículas subatômicas de paz fluiram pelo universo inteiro. A sujeita pegou uma garrafa de cerveja vazia, perguntou para alguém na mesa se podia quebrar, esse alguém respondeu que sim sem acreditar.  A maluca jogou com vontade, fazendo a garrafa se espatifar no chão de paralelepipedos como um ovo da tartaruga azul. Toda a cena durou menos de um cegundo, mas foi o suficiente para transforma o universo. A medida corajosa da ação/reação inesperada da sujeita com ódio fez o mundo parar de girar, voltando logo em seguida. Senti, naquele instante, que toda a raíva do mundo havia deixado de existir por alguns minutos, uma supensão no espaço e no tempo. Na China um homem que batia na esposa, a beijou longamente e depois continou o castigo. Na África um Leão faminto deixou fugir um antílope que já estava dominado. Senti tudo isso passar por mim e arrisco dizer que se mais garrafas fossem quebradas com raíva não haveria guerras. Quanta besteira... Quanta força bruta...  Quanto exgero. Adoro!
Uma coisa é certa, dá próxima vez que sentir raíva, por qualquer motivo, espero que tenha garrafas de cerveja por perto. Uma delas, no mínimo, vou espocar no chão. Santo descarrego!