2010-07-08

Tatu caminha dentro e rola com meu rolo.

Dai eu acordo, abro os olhos, são dois, bem devagar e respiro fundo (aaarrr). Tento levantar e fico um pouco mais na cama (rangendo). Penso nos motivos que tenho para levantar (lento). Sinto um pouco de pena de mim mesmo e dos seres viventes (a dor do mundo). Enfim, levanto e me arrasto até o banheiro (chicchic). Na minha cabeça uma infinidade de pode ser (chocalho). Pode ser que a vida dê certo. Pode ser que eu morra antes. Pode ser que ganhe na loteria. Pode ser que ela se arrependa. Pode ser que a Globo me contrate. Pode ser que meu livro seja lançando ainda este mês. Pode ser que meus sonhos se realizem. Ok. Um sorriso para o espelho. Escovo os dentes olhando meus cabelos brancos (envelheço na cidade). Ligo o som e ouço uma música que não sei se queria ouvir nesse momento. Não resisto e canto junto. A rádio - o rádio - me prega uma peça. Primeiro: "Eu ainda gosto dela, mas ela já não gosta mais de mim..." Depois: "Todo dia de manhã quando tomo meu café amargo ainda faço fé de uma dia te ter ao meu lado..." O rádio me pregou peças a manhã inteira. Resolvo arrumar a casa. Deixo tudo pela metade e me conecto com o mundo virtual. Adoro navegar, vagar, conversar e desabafar na Internet. Blogueio no meu bloguinho e tudo parece que vai dar certo. Dará. Finalmente. Já não era sem tempo. Certo, tenho que chegar ao ensaio as 17:00h. Mais uma estreia. Acho óptimo. Adoro ser o teatro. Carrego comigo o fardo de ser um artista de teatro. Certo, sou do caralho e sei que vai dar tudo certo. Sigo! Coragem!