2009-09-10

Não quero >>>> Não posso

Estou cada vez mais gordo, pançudo mesmo. De um lado a cerveja inevitável do fim do dia, de outro as guloseimas deliciosas e por isso inevitáveis. A felicidade de um homem passa pela liberdade de fazer suas proprias escolhas, no entando se escolho comer e beber levo como castigo a pança. Estou preso a este corpo, liberdade de cú é rola.
Se quiser ser magro para conquistar as fêmeas de minha espécie, no fundo é disso que se trata, preciso evitar as escolhas que me distanciam deste objetivo. Tenho que malhar, comer salada e parar de beber cerveja. Para ser magro é preciso ser infeliz e medíocre. Daqui a pouco vou começar a fazer caminhada ecológica e a acordar cedo. Morrer não seria tão pior. Desculpe o fatalismo, mas quando me coloco, eu mesmo, contra a parede, fico me debatendo. Depois de um tempo tudo isso passa e vou passar o resto dos meus anos enchendo a cara e culpado por não ter um belo corpo escultural. Quem inventou este tipo de consciência deveria ser enforcado. Bom, vou seguindo, acreditando na santa leptina e no poder da alface. Tudo isso para poder tirar a camisa na praia sem que os magros infelizes me olhem com cara de escárnio. Morram!

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