2010-08-30

Dibobeira

Depois de arrastar corrente a noite inteira, acordo com a sensação do peso do mundo em minhas costas. O dia e hoje, sempre, agora mesmo... tudo novo. Gosto de fingir que as coisas vão ficar bem... Quase não desisto. Conversamos. Era tarde. Cedo ou tarde? Madrugada e nós não tínhamos sono. Nos encontramos quase que por acaso, ela pensa que foi por acaso. Eu meio que senti muito novamente. Ela não sei... Não há como saber. Ficou falando em filosofia. Parece querer acreditar em rumos e é tudo tão vago. Tão fácil. Tão cheio de razão. A mim, me resta, a mim. Não me basto. "O amor é um roque com personalidade de pagode". Deixo o amor viver. Vai ser aquilo que o tempo quiser que seja. E, de verdade, nem ligo mais. Apenas sinto muito. Fico somente com aquela sensação de quando queremos comprar alguma coisa e o pai não deixa.. sim, mas nem choro. Só mudo o foco.

Um comentário:

Vanessa David Justo disse...

Belo texto, Fernando. É tão difícil - pelo menos para mim - falar do amor.
Quando tiver um tempinho, passe em minha "Caixinha":

http://caixinhadebonecas.blogspot.com/

Um abraço!
Vanessa David