2011-07-13

Na beira do abismo.

A vida tem suas horas de dor, mas eu nunca perco a esportiva. Vou vivendo na corda bamba. Quando caio, sempre me levanto. Um artista que se preza gosta de viver na corda bamba. É lá, na corda, onde as coisas se transformam e a vida é arte. Quero trazer a arte para perto de mim, criar e me recriar a cada instante. Compor, me recompor e nunca chegar no fim. O fim vai chegar, mas não to pensando nisso, primeiro é um passo atrás do outro, um momento único de cada vez. A vida tem suas horas de dor, mas nunca perco o rumo. "Não sei onde estou indo, mas sei estou no meu caminho" - diz assim o velho roqueiro, o senhor equilibrista. Enquanto todo mundo 'tá lá em baixo sem saber que a vida é agora, nós artistas temos a função de tirar as pessoas do cotidiano, da mesmice. Eles acreditam na rotina, Nós acreditamos na retina. Quando percebem já é tudo diferente. Ver não é olhar e olhar não é ver. Um artista da fome como eu, necessariamente gosta de recriar o mundo, repensar a vida e ela tem suas horas de dor, mas nunca perco o prumo e se caio, levanto pra cair novamente. Vamos nessa.

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