2007-10-18

A velha saudade de sempre

Hoje indo para minha aula de canto, aqui em Belo Horizonte, passei por dois onibus escolares cheios de crianças, um dos onibus era do grupo dos repolhos e o outro era do grupo dos beterrebas. Foi aquela disputa, de um lado uns gritavam Repolho! Repolho! O outro grupo respondia Beterraba! Beterraba! Eu, claro, chorei, lebrei que eu já fui do grupo dos repolhos ou coisa parecida.

Isso me fez pensar... Coisa rara... Sei que o mundo mudou, estamos vivendo o aquecimento global, mas quando se é criança isso tudo é bobagem, a gente vive sem medo. Parece que quando a gente vai tomando maior conhecimento da morte, vamos ficando com mais medo, dai ficamos responsaveis, dai temos que pagar as contas, dai vem a coisa toda e ai vamos ficando chatos e perdemos aquilo simples.

Não estou dizendo para sairmos por ai gritando repolho ou beterraba ou qualquer outro grito de vida. Só parei pra peceber que não é o mundo que vai ficando pior, nós é que perdemos a capacidade inocente de rir e ser feliz sem compromisso.
Por isso digo, já que o mundo está acabando, tire um dia de folga e vá fazer um aula de canto.

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