2007-12-26
O SELVAGEM CAÍDO
exposto no chão
Todos que passavam
Só passavam
Até ai o caído
Mesmo exposto
Não se sentia tão caído
Mas alguem sempre vinha e chutava
Chutava o caído que exposto gemia
Gemia a dor mais profunda
Nada de dores que não fossem profundas
O caído só se sentia caído com o chute
O renegado era chutado
E o nervo exposto gemia de dor profunda
Não há dor maior que essa
A dor do chute no caído exposto
Mas entre um chute e outro
Ele apenas era caído
Tentando se levantar ele era exposto
Mas o caído era um selvagem
Um selvagem caído exposto e chutado
Desses que existem poucos por ai
Estão em extinção
O que há são chutadores mediocres profissionais
Eles andam pois não teem a capacidade de cair
Chutam pois não teem a sensibilidade de ver
Mas são chutes mediocres
Esses são os mais doloridos
pois são chutes que só deixam o exposto mais caído
Mas o selvagem resiste
Acredita que o chute dos mediocres
É passageiro
Como artista da fome o selvagem caído
Permanece exposto
Como quem representa a dor do mundo
Talvez os que não chutam
Sejam menos mediocres
Por isso o caído é exposto
Ele nos faz lembrar a dor da vida
Menos, claro, para os mediocres
Que sentem uma dor sem profundidade
E não poderia ser diferente pois o mediocre
Foi feito mediocre na sua propria mediocridade
... É isso
Viva o selvagem caído, eu!
2007-12-04
Fabrica de Burros
"A televisão me deixou burro
Muito Burro, demais
Agora vivo dentro dessa jaula junto dos animais
A TV me deixou de quatro pelo resto da vida..."
(Titans)
Consuma, consuma, consuma, consuma, consuma, consuma, consuma, consuma, consuma, consuma, consuma, consuma, consuma, consuma, consuma, consuma, consuma, consuma, consuma, consuma, consuma, consuma, consuma, consuma, consuma, consuma, consuma, consuma, consuma, consuma, consuma, consuma, consuma, consuma, consuma, consuma...
2007-12-01
Teatro - O Lúdico Circo da Memória
Dez atores seguiram até o fim na construção colaborativa do espetáculo, o resultado é incrível e qualquer esforço que se faça para ver esta peça é recompensado em dobro pelo belíssimo trabalho apresentado.
Quem assina a direção musical é o talentoso musico Fernando Muzzi. O figurino é de Paolo Mandatti que tem uma assinatura marcante mesmo com toda a simplicidade exigida pelo diretor. O cenário foi criado por Inês Linke e surpreende pelas possibilidades de ação e planos que oferece. Nada passaou despercebido pelos diretores Francisco Medeiros e Tiche Vianna, o espetáculo é todo afinadinho, qualquer nota desafinada pode ser o abismo, por isso os atores têm uma missão muito difícil, tocar este instrumento com o devido refinamento todas as noites. A dramaturgia foi retirada das narrativas apresentadas por cada ator e cuidadosamente adaptadas pelo mestre Luiz Alberto de Abreu. O texto é delicioso e a platéia saboreia junto com os atores. A luz é delicada e sensível, o jovem iluminador Felipe Cosse tem a sensibilidade necessária dos grandes iluminadores.
Ressalto aqui, para conhecimento dos meus queridos leitintes e amigos, o trabalho fenomenal do elenco, há um equilíbrio digno dos melhores grupos que conheço, juntos eles constroem um ambiente aconchegante e refinado. Gisele Milagres, Gisele de Paula, Mariana Coutinho, Manuel Cerejo, Dora Sá, Cristiano Morais, Ronilson Otávio, Maíra Cesarino, Luciana Bahia e Suzana Santos são os responsáveis pelos suspiros da platéia, e não são poucos.
A pesquisa e processo duraram oito meses e não foi fácil, todos estavam à flor da pele, mas os dez sobreviventes desta difícil trajetória, de dedicação integral, deram provas de que mergulhar no processo é a formula para um belo trabalho.
Bom teatro todo mundo gosta, por tanto, saia um pouco da rotina e venha ver esta maravilhosa peça.
Lúdico Circo Da Memória
22 de Novembro a 23 de Dezembro
Quinta a Sábado 21h, Domingo 19h
Rua Pitangui 3613
Belo Horizonte - Horto
(31) 3481-5580
2007-11-26
FAN - Festival de Arte Negra
2007-11-17
2007-11-09
Depois de Paulo Autran
1) É proibido uso de roteiros escritos. A história deve surgir de idéias propostas pelo diretor, discutidas e combinadas na hora da gravação.
2) É proibido fazer personagens com outros nomes. Todos devem ter os próprios nomes dos atores.
4) É proibido ensaiar qualquer cena.
5) Repetir cenas só para fazer contra planos ou por erros tecnicos e operacionais com a câmera. Se o ator errar, rir ou olhar para camera o erro deve ser absorvido.
2007-10-24
Homenagem a mulher negra. Desprezo Pelas Crias - Cristiano Ottoni
Por contrato, uma parte que vingava pertencia ao administrador; sempre o interesse.
Em todas as palestras entre fazendeiros se ouvia esse calculo:
"Compra-se um negro por 300$000; colhe no ano 100 arrobas de café, que produzem liquido pelo menos o seu custo; daí em diante tudo é lucro. Não vale a pena aturar as crias, que só depois de 16 anos darão igual serviço".
E assim construímos o novo mundo.
2007-10-23
Gente estética
Com um olhar firme e seguro, vou buscar nos meus antepassados algum tipo de argumento que nos faça refletir sobre o que se passa, as vezes , na cabeça do artista brasileiro... Chamo aqui nestas minhas palavras, Grotowski, Lope de Vega, Artaud, Bertolt Brecht, Stanislavski, Zé Celso, Yan Michaski, Rubens Corrêa, Vianinha, Nelson Rodrigues, "Geraldo" Tomaz, Antunes Filho... Todos esses e outros que de alguma forma fortalecem nossas crenças e qualidades artisticas.
"A arte não é regida por principios democraticos"
"A mise en scene só existe na pratica"
"Não há classes no teatro"
"Devemos cultivar a palavra. Não deixa-la sucumbir às pressões de nossa época. As novas gerações desprezam a palavra porque elas foram superadas pela imagem"
"Critica ao essencialismo - Quando você chega lá, não ha lá, lá!"
"Enquanto artista, quanto mais tempo o ator permanecer uma criança, melhor. A maturidade precoce, sob a forma do compromisso, não faz bem algum"
Hoje fomos ver "Geraldo"
Será que o nome tem haver com o diretor Gerald Thomas, acho que não.
Estéticamente era interessante, tinha video, cenário com dois ambientes, o fora e o dentro, luz em perfeita hamonia, gente estética que fez a lição de casa. Pós moderno? Contemporaneo? Dissso eu nao entendo, por isso não poderia falar sobre isso. Quero falar de vida, gente estética morreu, sucubiu na propria soberba, se esqueceu de comunicar, foi buscar na plástica a falta de comunicabilidade. Esse tipo de arte tem classe, classe social, teatro para altas camadas da sociedade, gente que gosta de pensar. Foi pensando que sai do teatro, foi pensando que me fiz perguntas e pensando escrevo aqui agora. Onde foi parar a poesia? O suspiro de se estar no teatro? To falando do que vi ontem, nenhuma lamentação existencialista, tem muita gente por ai que faz teatro "Contemporaneo" com conteudo e desafio.
Sabor: Gosto de ir ao teatro e esquecer que estou no teatro, só pra lembrar em alguns momentos e suspirar. Ontem fui ao teatro e tava lá no teatro, vendo o teatro sai do teatro. Foi como ir ao teatro olhar e sair, confesso que um pouco triste de ver tanto desperdicio, tanta falta de rigor, tanta possibilidade jogada fora.
Sou do tipo que prefere ver um babuino gritando doque ver um monte de macacos fingindo que são macacos. O texto, na minha opinião e na do Chaplin, se for dito deve ser dito como quem diz alguma coisa e não como quem simplesmente diz alguma coisa, esse "simplesmente dizer" não cabe no teatro, em nehuma arte, se for pra simplesmente dizer não diga, guarde pra você. Por isso o Carlitos dizia tanto sem dizer uma palavra.
O manual do teatro contemporaneo, pos moderno, é vendido nas melhores casas do ramo, desde de 1970/80 a gente trava esse duelo com o modernismo, a gente não, os Americanos, a gente tava vivendo a possibilidade da abertura e da anistia politica. Penso ainda no teatro sem classe, desses que minha mãe vai entender, digo entender... Coisa que alguns tentam dizer que está fora de uso. Entender o que? Entender o que se diz, como se diz. Não digo a historinha, digo a historia. Ali, no momento presente, a historia daquele ser em conflito, em conflito de morte! A beira da loucura! Ator usando seus musculos, sua voz, sua alma para nos proporcionar um momento de magia pura, de encontro com um ser novo.
Nem sei bem do que estou falando, mas de uma coisa é certa, se estou falando é por pura nessecidade.
Viva o que é vivo!
2007-10-20
Tropa da Elite - Elite com tropa - Ficção/realidade, a merda tá fedendo
O fato é que a merda ta fedendo, esse dias no jornal mostraram dois rapazes sendo fuzilados pelo helicóptero, disseram que estavam se defendendo, mas todo mundo viu que os rapazes estavam correndo feito desesperados para salvar suas vidas e sem arma. Podiam ter parado de atirar.
O assunto foi lançado, nosso problema não é o filme e sim a realidade do morro e da policia que é despreparada, corrupta e violenta... Neste caso temos que pensar, também, naqueles que fazem o serviço sujo, os policiais. Em sua maioria vitimas da própria ignorância. Tão ignorantes quanto os que são bandidos nos morros.
A classe média não consegue raciocinar direito, a burguesia fede, os intelectuais cagam regra de esquerda festiva entre um baseado e outro, os universitários gritam palavras de ordem entre um baseado e outro, as crianças morrem com um saco plástico na cabeça, os negros são excluídos no Apartheid brasileiro, os índios são queimados vivos, a vida passa mau e a merda não vai dá pra todo mundo.
O bom do filme pra mim, foi o que veio depois, o próprio debate.
2007-10-18
A velha saudade de sempre
Isso me fez pensar... Coisa rara... Sei que o mundo mudou, estamos vivendo o aquecimento global, mas quando se é criança isso tudo é bobagem, a gente vive sem medo. Parece que quando a gente vai tomando maior conhecimento da morte, vamos ficando com mais medo, dai ficamos responsaveis, dai temos que pagar as contas, dai vem a coisa toda e ai vamos ficando chatos e perdemos aquilo simples.
2007-10-01
Pra chamar de qualquer coisa
ESPELHO
Mas também você quer o que?
Você pode começar por colocar seu filho numa escola publica
Depois participar da educação do seu filho
Se juntar a outros pais e cobrar da escola um bom desempenho
Mas eu não tenho tempo, preciso trabalhar pra pagar minhas contas.
A escola do meu filho
O plano de saúde
As contas da casa de praia
IPVA de três carros
Minha academia
Eu tenho que trabalhar muito
Não posso ficar preocupada com a educação do meu filho.
O seu marido também trabalha?
E muito
Pra a gente poder manter nosso nível de vida
O que você acha da violência?
Olha! Eu sei que você vai dizer que nós temos culpa de tudo o acontece no Brasil
Nós quem?
A classe media
Nós que pagamos impostos para sustentar aqueles que não querem trabalhar
Pobre é tudo vagabundo
Você tem empregada em casa?
Tenho
O que você acha dela?
Ela é ótima, mas não tem estudo.
Você viveria sem a sua empregada?
Claro que não...
É ela quem leva o Junior pra escola
Lava a roupa, passa.
Trabalha duro mesmo
Ela é pobre?
É. Mas é diferente
Onde ela mora?
Acho que em uma favela lá em Campo Grande
Você sabe que horas ela sai de casa?
Você já foi ver a casa dela?
Sabe se os filhos dela têm companhia para ir a escola?
O que você quer que eu faça?
Ela não estudou!
Se ela tivesse estudado, seria sua empregada?
Claro que não, seria, talvez, medica!
E quem iria cuidar da sua casa?
Outra qualquer, que não tenha estudado.
Essas pessoas não podem culpar a gente pela merda em que enfiaram suas próprias vidas
Você acha que seu filho tem a mesma chance na vida que os filhos de sua domestica?
Claro que sim
Tem que se esforçar
Sei lá, correr atrás.
Arrumar alguma coisa pela qual ele se apaixone
Eu não sei e a culpa não é minha
E se eu lhe dissesse que o filho da sua empregada
É uma pessoa de posses
Que tem muito poder
Que faz o que gosta
Desde cedo mostrou talento
E agora é quase um comandante
Olha. Eu fico feliz, deve ter se esforçado.
Esse tipo de gente quando gosta de uma coisa vai longe
Posso lhe perguntar o que ele faz da vida
Ele é traficante de Drogas
Comerciante
Só podia ser
Esse tipo de gente ou vira Bandido
Ou pagodeiro
Ou jogador de futebol
De que tipo de gente você esta falando?
Você sabe
Não posso falar alto se não me processam
Fala
Eu guardo segredo
Tá, esses negrinhos.
Sempre tiveram muito talento para o roubo
Mas trabalhar mesmo só a base da chicotada
Você vai me desculpar, mas eu não tenho tempo, não inventei essa regra da vida.
O certo é o seguinte
Eu estudei
Sou Médica
Trabalho bastante, pra inclusive manter a minha empregada.
E tenho que ficar de olho se não ela me rouba
Por isso, posso ter o que quiser...
Vou até comprar outro apartamento
Quero que meu filho
Estude numa boa faculdade publica
E já comece sua vida com um bom apartamento
Uma pena se o filho da coisinha é bandido
Como já disse, não tenho culpa...
Tomara que morra antes que queira matar um inocente, como meu filho.
A policia tem que matar logo pra que a gente possa continuar vivendo em paz.
Mas uma ultima pergunta,
Você acredita em Deus?
Claro, vou sempre à igreja...
Sou uma pessoa de muita fé
Então, pra finalizar, você sabe rezar?
Sim, por quê?
Você vai precisar...
Reza piranha!
Fulano puxa uma arma e sem pena lhe dá um tiro certeiro
Ela cai morta
De mãos juntas como quem reza.
Reza Piranha!
Seu corpo ainda fica um tempo estrebuchando
E logo se congela em meio ao sangue.
Culpada! Reza Piranha...
Matei tudo de ruim que havia em mim.
2007-09-24
Mano Brown - Figuraça da semana
As coisas não vão bem
2007-09-22
2007-09-19
Macaco Pelado - conversa com os amigos.
2007-09-18
Que tipo de plateia nós queremos - Reflexões
2007-08-16
Ruy Filho - Sobre o Super Night Shot
Não falo apenas sobre estruturas aparentemente rígidas como personagem, enredo, conflito, diálogo; tampouco de mecanismos como iluminação, cenografia e sonoplastia. O teatro se faz com isso tudo, sim, mas também na armadilha da manipulação desses elementos, na escolha pela ausência de um e outro, no desconstruir parâmetros clássicos.
2007-07-30
AFCÇÕES - Nós todos, juntos, tudo... Somos Deus!
Procuro viver cada momento. Aproveito o máximo minhas experiências
Nestes anos todos, desde que comecei a fazer teatro, (Porque comecei?) foram anos inteiros, dias corridos, horas profundas, pessoas interessantes, o prazer de se sentir vivo... Na universidade, no curso com o Mario de Oliveira, na C.A.L., na Martins Pena, em todos os espetáculos e grupos do qual fiz e faço parte, teatro empresa e nas escolas. Em todos estes lugares conheci pessoas estranhas incríveis e quem não é estranhamente incrível. Como natureza naturante e natureza naturada fui me transformando, vivi independente de mim.
Agora, que tudo começa a fazer sentido, como escolhas, como coisa que se transmuta, sempre em relação, no relacional das relações, tenho me feito perguntas, o que faço com tudo isso que sou? Qual será minha função?
Tomo parte, logo existo... Se Deus é as arvores, as folhas, os rios, os homens, a substancia, acredito nele como Deus que sou... Ligado a tudo e a todos numa mesma substancia de modos diferentes... Nada é igual; todos, tudo, coisa, mundo... Tudo faz parte de uma mesma essência em movimento, feita de pluralidade, de multiplicidade... A vida segue independente da gente.
Minha função talvez seja essa, estar vivo e vivo viver. Por tanto as próximas horas farei tudo novamente, não olharei simplesmente, não falarei a toa, não estarei só por estar, não julgarei meus atos, não pedirei permissão, não sofrerei a dor de culpa alguma, não haverá arrependimento. Também falarei só por falar, olharei só por olhar, estarei só por estar, viverei intensamente minhas expressões, meus sentimentos, darei ordens ao universo, gritarei aos céus, tomarei parte daquilo que sou parte e farei tudo isso independente de mim. Como corpo sem órgãos, rolarei pelos campos verdejantes. Vou chorar, desculpe mais eu vou chorar... E vou rir também, vou rir muito, não farei nada que seja pouco e pouco farei o que não seja nada, mas se nada fizer, farei nada muito, muito nada, vagarei pelo nada.
2007-07-27
Minha mulher quer que eu mude
Eu sou um homem de tipo esquisito... Não gosto de ter conta bancaria, não quero ter telefone celularl, não tirei minha carteira de motorista, não tenho um emprego fixo... Vivo as custas do meu esforço e controle da minha linda mulher, elea tem se esforçado para controlar tudo... chega uma hora que cansa. Agora ela quer que eu mude, tão certa ela... Vou ter que ser mais indenpendente. Farei uma conta bancaria, comprarei um telefone... e serei mais responsavel.
Droga! Essa vida nos obriga demais.
2007-06-25
Um Pouco de Fugant na veia - Spinoza, Nietzsche, Deleuze...
desconstrução do que separa a vida do que ela pode.
Força reativa = força de conservação. Força ativa = Força de criação.
Como nos tornamos criadores. Na medida em que criamos uma obra de arte, criamos a nós mesmos.
Não existe natureza humana, isso é uma ilusão, um modo reativo de viver.
Os Homens precisam de imagens e símbolos, pois são incapazes de acontecer.
Natureza para Nietzsche é feita de forças.
Não há verdade, a verdade é a direção de uma força.
Não é o juízo que julga, a força é quem interpreta na relação. Vida só acontece em relação.
Algo é aquilo que pode. Nietzsche parte de uma ausência de juízo. Isso coloca a arte refém da moral.
O sistema de juízo afasta o homem do que ele pode. Viva e deixe viver. A arte, deste ponto de vista, vai virar instrumento de controle de conservação. Policial das sensações.
Não adianta matar o poder, matar Deus, matar o juízo para depois exerce-lo. Por exemplo, os movimentos de esquerda que dizem: Vamos dividir o poder! Nietzsche descarta o juízo, ataca o uso da linguagem e sistema de representação.
A divida infinita. A culpa é do outro no ressentimento e minha na má consciência. Nós vamos ligar essa maneira de viver ao cristianismo, não o cristianismo criado por Jesus, mas aquele criado na idade media por São Paulo. O homem se realiza no pensamento e na sensibilidade. Do ponto de vista de Nietzsche tudo é sintoma de forças em relação. O corpo é uma composição de forças. Tudo é corpo.
Ser capaz de acontecer é o mesmo que ser ativo. Vivo, sou parte, logo existo.
O sentido da improvisação – o rigor da improvisação – ação – Fluxo – digestão – consciência.
O Homem reativo sofre da vida, padece da vida. Se sente injustiçado.Aquele que fica na marca, ressentindo, sentindo novamente infinitamente, exemplo: Sofre por aquilo que outro lhe fez, culpa o outro ou a si mesmo... Vive neste universo da culpa e não esquece jamais. A vida fresca vira sempre vida velha.
O que nos move a criar? A fazer arte?
Todo moralista identifica o mau fora.
Bom senso e senso comum são os pilares da má consciência.
O Sacerdote do ressentimento – aquele que cria, formula o julgamento. O anterior, o certo e o errado, o mau e bem. O ser ativo cria e não pede licença. No virtual não tem autoridade. sacerdote inventou a vergonha. Nietzsche diz: O homem é o animal que tem as faces vermelhas.
O teatro e seu duplo – Artaud - Leitura.
O primeiro aspecto da má consciência é a criação da dor, a expansão da dor. A tendência a achar que o mau esta sendo criado em mim. O pecado infinito.
O adolescente é a transição da passagem da criança para o adulto, por isso ele cria dor para si mesmo, pois precisa sair da irresponsabilidade criativa da infância, para a responsabilidade que nos é cobrada pela sociedade. Nilton Santos dizia que rebeldia era importante para que o jovem transgrida as leis e questione sua realidade.
Contra a democracia! A sociedade precisa encontrar o horizonte comum das relações e não as leis.
Precisamos transmutar a força reativa para que ela seja função da força ativa.
São Paulo cria a dor e a culpa no individuo. Foi por isso que a igreja condenou a comedia, pois o único remédio para dor é o juízo final.
Nietzsche.
São Paulo nos cria uma divida tão imensa e infinita que somente o perdão de Deus pode pagar. Por isso Cristo morreu por nós. Para nos livrar do pecado.
O poder usa o juízo e desqualifica.
Não há no fundo da natureza, uma culpa, uma falta, um erro. Ao cego não falta nada, você é aquilo que pode.
2007-05-07
Depois do grande sucesso no Festival de Curitiba O Monologo da Puta no Manicomio em curta temporada no Rio
Amigos e amigas de todo Braisil e adjacencias
É com grande satisfação que eu e a Mirian Meee informamos a estréia da peça
O monólogo da puta no Manicômio, nas quartas feiras de maio a partir do dia 9, às 21h, no espaço alternativo "desculpe, eu sou chique" na rua alice, 75,laranjeiras.
Como vcs sabem, estar em cena em espaços não subvencionados é um grande desafio...
Por isso contamos com a força dos amigos, prestigiando o nosso trabalho, indicando e se possível repassando esta comunicação... Até lá, grande abraço,
Fernando Lopes Lima e Mírian Meee
2007-04-07
Minha linda mulher escreveu em seu blog - Tá certa ou não tá?
O "POBRE" produtor cultural da GRANDIOSA peça "Império", ex-gestor municipal dos teatros carioca (que pediu recursos da própria prefeitura para SEU espetáculo - “Ainda de acordo com o jornal O Globo, o motivo do pedido de demissão vai além da verba não liberada para o musical Império. Dos R$ 8 milhões destinados ao custeio da folha de pagamento e manutenção de toda a rede, quase nada estava previsto para investimento e patrocínio de espetáculos” – O Fuxico,[1] ), Miguel Falabella (MF), desabafou em entrevista: JB - CABDERNO B - 05/04/2007 (JB)“JB: O que mudou depois de vc entregar o cargo de gestor municipal de teatro e denunciar a falta de verba?MF: Nada mudou. Os SALÁRIOS (Atenção os atores de Falabella não recebem apenas 2% de bilheteria, como os reles mortais do teatro off-comercial, e sim SALÁRIOS!!!!!!!), por exemplo , continuam atrasados e a ínfima verba de patrocínio continua a mesma. (atenção os atores de Falabella contam com verba de patrocínio !!! Se eles têm patrocínio porque precisam da bilheteria?) A minha decisão é irrevogável. Não sou mais gestor da rede municipal de teatros".(...)"JB: Qual sua opinião sobre a polêmica da meia-entrada?MF: Isso é criminoso. Carteirinha de estudante virou uma máfia. Hoje, se compra em banca, no Centro da cidade. Vão acabar esvaziando o teatro com essa palhaçada. (Ele se esquece que quem enche os teatros hoje são os idosos – que chegam a fretar transporte para o evento e ainda os “famigerados” estudantes, que ainda podem pagar pelo entretenimento, já que existe a MEIA-ENTRADA!) Mas pensando bem, a meia-entrada é a cara da política pública Brasileira (Todos os lugares de 1o. Mundo utilizam a meia-entrada para formação de público pensante e cultural, é uma conquista muito importante). Criam a lei sem pensar nas implicações sem consultar as partes envolvidas e sem dar condições para que seja cumprida."Agora vamos a reflexão sobre essas palavras...Em que planeta vcs acham que esse Falabella vive?Esse é tipo do discurso de pessoas que não esperam ver o teatro tomando ruas, praças, esquinas e multiplicador de si mesmo.A intenção não deve ser dificultar o acesso do público ao teatro, muito pelo contrário.No caso de uma peça patrocinada com dinheiro público (mesmo que seja através de isenção de imposto) ela deve ter um retorno social para quem a está pagando (isso é, nós!). Quem sabe até ser apresentada de graça? Porque com o dinheiro do patrocínio a produção já estaria paga, os atores com seus salários garantidos e coisa e tal... Ou ainda a um preço simbólico, com a renda revertida para conservação do próprio espaço de encenação... Ai, se perguntassem pra mim... Eu dava um jeito nessa situação rapidinho (rsrsrs). Sei que muita gente pensa assim... E que essa oportunidade quase nunca chega.E porque que a gente não responde mesmo sem perguntarem?[1] http://ofuxico.uol.com.br/Materias/Noticias/2007/03/47880.htm.)
2007-04-06
Fiasco na Semana Cultural em Santa
Nosso repudio a esses organizadores de pessima qualidade.
Agradecemos a Reverenda da Igreja Anglicana que coloborou abrindo as portas da Igreja.
2007-03-26
Diario de BHordo
Ayrton Baptista Jr.
Como convém ao pequeno TUC, há poucos objetos de cena. Sobra mais palco para a atriz-dominadora do texto do casal italiano Dario Fo (autor que ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 1997) e Franca Rame.